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quinta-feira, 10 de julho de 2014

DE UMA ENTREVISTA PARA O BOLETIM DO INBA



 Não pretendo que a poesia seja
um antídoto para a tecnocracia atual.
Mas sim um alívio.
Como quem se livra de vez em quando
de um sapato apertado e passeia descalço
sobre a relva, ficando assim mais próximo
da natureza, mais por dentro da vida.
Porque as máquinas um dia viram sucata.
A poesia, nunca.
 
Mario Quintana,
in A Vaca e o Hipogrifo


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