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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

LILI


Teu riso de vidro
desce as escadas às cambalhotas
e nem se quebra,
Lili,
meu fantasminha predileto!
Não que tenhas morrido...
Quem entra num poema não morre nunca
(e tu entraste em muitos...)
Muita gente até me pergunta quem és... De tão querida
és talvez a minha irmã mais velha
nos tempos em que eu nem havia nascido.

És Gabriela, a Liane, a Angelina... sei lá!
És Bruna em pequenina
que eu desejaria acabar de criar.
Talvez sejas apenas a minha infância!
E que importa, enfim, se não existes...
Tu vives tanto, Lili! E obrigado, menina,
pelos nossos encontros, por esse carinho
de filha que eu não tive...

Mario Quintana ,
in Esconderijos do Tempo






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