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domingo, 26 de janeiro de 2014

NOSTALGIAS



Há tempos escrevi este decassílabo nostálgico:
“Acabaram-se os bondes amarelos!”
Tão nostálgico que até hoje ficou sozinho esperando o resto
dos companheiros.
Também, não faz muito, escrevi este outro decassílabo:
“Acabaram-se as tias solteironas...”
Talvez esses dois solitários se venham um dia a reunir
num mesmo poema.
Têm ambos o mesmo ritmo. Causam ambos o mesmo nó na
garganta que me impede de os continuar.
Talvez o poema já esteja pronto... e ninguém notou.
Nem eu!
Porque ele próprio se completou, cada verso chorando
no ombro do outro...
E sem mesmo notar que eram decassílabos!

Mario Quintana,
in Porta Giratória

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