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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

POEMA VII



Avozinha Garoa vai contando
Suas lindas histórias, à lareira.
“Era uma vez... Um dia... Eis se não quando...”
Até parece que a cidade inteira

Sob a garoa adormeceu sonhando...
Nisto, um rumor de rodas em carreira...
Clarins, ao longe...(É o rei que anda buscando
O pezinho da gata borralheira!)

Cerro os olhos, a tarde cai, macia...
Aberto em meio, o livro ainda não lido
Inutilmente sobre os joelhos pousa...

E a chuva um’outra história principia,
Para embalar um coração dorido
Que está pensando sempre em outra cousa...

Mario Quintana
in: A Rua dos Cataventos

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